Papa Francisco vai receber arcebispo de Botucatu dom Maurício esta semana no Vaticano
20/09/2022
Papa Francisco vai receber arcebispo de Botucatu dom Maurício esta semana no Vaticano

  Última vez que dom Maurício esteve em Roma foi em 2009, quando foi recebido por Bento XVI, atual papa emérito

 

Participam da visita o arcebispo de Botucatu, dom Maurício Grotto de Camargo e os bispos das chamadas dioceses sufragâneas (Araçatuba, Assis, Bauru, Lins, Marília, Ourinhos e Presidente Prudente) junto com todos os bispos das outras dioceses do estado

 

Gesiel Júnior - Especial para A Tribuna de Botucatu

 

Entre os dias 19 e 23 deste mês, os bispos de várias dioceses paulistas, entre as quais a Arquidiocese de Botucatu, participam da visita “ad limina Apostolorum”, em Roma. Esse evento remonta a uma antiga tradição que consiste na peregrinação que os bispos fazem periodicamente “ao limiar dos Apóstolos” – daí vem o nome –, isto é, ao túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo e para se encontrar com o sucessor de Pedro, o papa.

Participam da visita o arcebispo de Botucatu, dom Maurício Grotto de Camargo e os bispos das chamadas dioceses sufragâneas (Araçatuba, Assis, Bauru, Lins, Marília, Ourinhos e Presidente Prudente) junto com todos os bispos das outras dioceses do estado.  A previsão é de que o arcebispo de Botucatu seja recebido pelo papa Francisco na próxima sexta-feira, 23 de setembro. Será a primeira audiência privada do atual arcebispo com o pontífice argentino.

Essa visita acontece a cada cinco anos. No entanto, a última vez que os bispos do estado a realizaram foi em 2009, ainda no pontificado do papa Bento XVI. A seguinte estava prevista para acontecer entre 2014 e 2015, visto que as visitas dos prelados brasileiros tomam praticamente o ano todo, pois passam de 300.

Entretanto, com a eleição do papa Francisco, em 2013, que teve um início de pontificado marcado por inúmeras viagens e outros compromissos, a “ad limina” foi adiada para 2020. A pandemia de Covid-19, porém, obrigou um novo adiamento.

 

Programa

A programação da visita se desenvolve em três momentos fundamentais. Em primeiro lugar, a peregrinação aos túmulos de São Pedro e São Paulo, colunas da Igreja, junto aos quais os bispos celebram a Eucaristia.

A veneração e a peregrinação às relíquias dos apóstolos Pedro e Paulo são praticadas desde a remota antiguidade cristã e mantêm o seu profundo significado espiritual e de comunhão eclesial.

Além de celebrarem nas basílicas de São Pedro e São Paulo, os bispos também costumam celebrar nas basílicas de Santa Maria Maior, onde se encontra o antigo ícone de Maria Salus Populi Romani, e de São João do Latrão, catedral da Diocese de Roma.  

O segundo momento significativo é o encontro pessoal dos bispos com o papa, no qual tratam das questões relativas à vida das dioceses.

 

Comunhão com Pedro

 “O encontro com o sucessor de Pedro, primeiro guarda do depósito de verdade transmitido pelos apóstolos, tem como objetivo ressaltar a unidade da própria fé, esperança e caridade e a fazer conhecer e apreciar o imenso patrimônio de valores espirituais e morais que toda a Igreja, em comunhão com o Bispo de Roma, difundiu em todo o mundo”, salienta o Diretório da Visita ad limina.

O terceiro compromisso é o contato com os vários Dicastérios da Cúria Romana, órgãos da Igreja que ajudam diretamente o papa no pastoreio da Igreja. Esse encontro nos dicastérios permite aos bispos conhecerem melhor a estrutura organizativa da Santa Sé, dos quais recebem orientações pastorais e administrativas para as dioceses sob seus cuidados.

 

Relatórios

 A visita “ad limina” é antecedida pelo envio de um relatório quinquenal elaborado por cada bispo sobre a situação de sua diocese. Esse relatório abrange as questões administrativas, o ministério do bispo, o funcionamento da Cúria Diocesana, a vida dos sacerdotes, a situação dos seminários e das vocações, congregações religiosas, as celebrações litúrgicas, os ministérios leigos, a catequese, as escolas católicas, as pastorais e movimentos, as relações ecumênicas, a presença da Igreja nos meios de comunicação e o relacionamento com o poder público, entre outras questões.

Esse relatório é dividido pelos dicastérios, de modo que os órgãos da Cúria Romana tenham essas informações como base para o diálogo com os bispos. Essa é também uma ocasião de cada diocese avaliar periodicamente sua vida e missão evangelizadora.


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