Criada em Botucatu uma força tarefa onde servidores da Prefeitura estão percorrendo bairros da cidade em ações para combater a dengue, transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti e frear novos casos da doença

No mês de janeiro de 2023, foi registrado em Botucatu 6 casos confirmados de dengue. Todavia este ano, no mesmo período, este número subiu para 387 casos. Isso significa um aumento de 6.000% de dengue na Cidade, fato que está causando grande preocupação no Poder Público e da população, como um todo.

Para minimizar a situação e frear novos casos da doença, foi criada em Botucatu uma força tarefa onde servidores da Prefeitura estão percorrendo bairros da cidade em ações para combater a dengue, transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e frear novos casos da doença em Botucatu. O agravante é que nas visitas é comum os servidores encontrarem diversas residências com criadouros.

“Não podemos ver cenas como está se repetindo, enquanto os casos de dengue crescem. E esta luta não é só da Prefeitura e todos devem fazer sua parte. Nossos agentes não param um só dia de combater a dengue, mas ainda falta empenho e ajuda da população. Não adianta de nada nossas equipes trabalharem intensamente todos os dias, se cada um dos 150 mil botucatuenses não colaborarem também”, alertou o prefeito Mário Pardini.

O chefe do Executivo botucatuense realça que está sendo triplicado os esforços porque a dengue é uma doença que pode ser evitada quando cada um faz a sua parte eliminando criadouros. “Aproveito para pedir a ajuda de cada um dos 150 mil habitantes de Botucatu para nós ajudar nesta luta”, conclamou o prefeito. “A pessoa deve vistoriar seu quintal, examinar sua calha e eliminar água parada de recipientes. Se cada um fizer a sua parte, vamos vencer essa luta”, complementou.

                                                           Orientação é receber os agentes de combate às endemias  

A Prefeitura de Botucatu que está empenhada no enfrentamento a dengue aponta que e uma das ações essenciais é a visita dos agentes de combate às endemias nas residências.

Esses profissionais são treinados para identificarem objetos e locais que podem acumular água da chuva e se tornar potenciais criadouros para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.

Por isso, quando as equipes da Prefeitura, sempre identificadas e uniformizadas, passarem pelos bairros, o secretário de Saúde, Marcello Felicio, diz que a orientação é para recebê-los, ficando atento às orientações, seguindo todas as instruções.

               Como evitar proliferação do mosquito

A ocorrência da dengue é mais comum em áreas urbanas, principalmente nas grandes cidades, onde há maior aglomeração de habitantes e é maior a quantidade de criadouros artificiais pra deposição dos ovos do mosquito Aedes Aegypti, resultantes da ação do ser humano, como lajes de prédio, calhas, lixo e objetos que acumulem água dentro de casa.

O Ministério da Saúde aponta ainda outros fatores que contribuem para a manutenção do mosquito transmissor no meio ambiente e a dificuldade de sua eliminação. Entre as razões estão o aumento do risco de epidemias com a aglomeração de pessoas sem imunidade aos vírus que causam a dengue e a deposição de ovos pelas fêmeas do mosquito em vários locais com sombra e água acumulada, ao contrário das fêmeas de outras espécies, que depositam seus ovos em único lugar. Pra piorar, os ovos do mosquito podem sobreviver até um ano sem água.

Veja as medidas de combate à dengue:

- Não deixar água acumulada sobre a laje.

- Manter o saco de lixo bem fechado e fora do alcance dos animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana.

- Manter a caixa d¿água completamente fechada para impedir que vire criadouro do mosquito.

- Manter bem tampados tonéis e barris d¿água.

- Encher de areia até a borda os pratinhos dos vasos de planta.

- Lavar semanalmente por dentro, com escova e sabão, os tanques utilizados para armazenar água.

- Se você não colocou areia e acumulou água no pratinho de planta, lavá-lo com escova, água e sabão para tirar ovos do mosquito que podem ter ficado aderidos às paredes do recipiente. Fazer isso uma vez por semana.

- Remover folhas e galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas.

- Jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias, etc.

- Se você tiver vasos de plantas aquáticas, trocar a água e lavar o vaso principalmente por dentro com escova, água e sabão pelo menos uma vez por semana.

- Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada. Não jogue lixo, pneus nem qualquer objeto que possa acumular água em terrenos baldios.

- Lavar principalmente por dentro, com escova e sabão, os utensílios usados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes, baldes, etc.

- Durante a ocorrência de epidemias, carros equipados com bombas de ultra baixo volume (o popular "fumacê") devem circular pelas ruas aplicando inseticida para diminuir a população de mosquitos adultos no ambiente.