Com aumento acentuado de casos de dengue, governador de São Paulo decreta estado de emergência
05/03/2024
Com aumento acentuado de casos de dengue, governador de São Paulo decreta estado de emergência

Dados atualizados até 4 de março mostram aponta que o estado registrou 31 mortes causadas pela dengue e outros 122 óbitos ainda seguem em investigação, sendo que os casos chegaram a 138.259, com 169 considerados graves

 

O governador de São Paulo decretou estado de emergência para a dengue na manhã desta terça-feira, 5. A decisão foi tomada pelo Centro de Operações de Emergências (COE), grupo coordenado pela Secretaria Estadual da Saúde, após o estado atingir 300 casos confirmados da doença por 100 mil habitantes na segunda-feira.

O decreto permite que os gestores públicos destinem recursos para combater a doença com maior celeridade e sem necessidade de licitação. Em São Paulo, os recursos serão destinados, prioritariamente, para aquisição de máquinas de nebulização e insumos, contratação de pessoas e ampliação da capacidade da rede de saúde.

Dados atualizados até 4 de março mostram que 131 municípios do Estado registraram mais de 300 casos por 100 mil habitantes. Ao todo, 22 municípios paulistas decretaram emergência. Os principais sintomas detectados entre os pacientes com diagnóstico confirmado foram febre, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor nos músculos) e náusea.

A decisão sobre o estado de emergência ocorreu após reunião em que o Centro de Operações de Emergências (COE) recomendou a medida — que deve ser assinada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) nas próximas horas, em edição extraordinária do Diário Oficial.

De acordo com o painel do monitoramento da Secretaria da Saúde, o estado de São Paulo fechou a segunda-feira (4/3) com 138.259 casos confirmados de dengue. Considerando a população de 44 milhões de habitantes (44.411.238, segundo o IBGE), a taxa de incidência da doença chegou a 311 casos para cada 100 mil habitantes, o que configura situação de epidemia. O estado registra 31 mortes causadas pela dengue. Outros 122 óbitos ainda seguem em investigação. Os casos chegaram a 138.259, sendo 169 considerados graves.

 

Decreto de emergência

O decreto permite que os gestores públicos destinem recursos para combater a doença com maior celeridade e sem necessidade de licitação.

“Na verdade, as ações que nós temos para fazer junto com os municípios são ações continuadas desde 2023. Agora, com o decreto, nós conseguimos ter um pouco mais de agilidade para adquirir insumos, contratar pessoas”, afirmou a secretária Patrícia Perdicaris.  “Os municípios podem usar o nosso decreto como justificativa para decretar estado de emergência”, completou.

Segundo a secretária, o valor que deve ser enviado pelo governo federal deve se somar à antecipação do repasse de R$ 205 milhões do IGM SUS Paulista, anunciado há duas semanas.

 

Situação na capital

A capital também está à beira de uma epidemia. A cidade atingiu 32.508 casos de dengue, segundo o painel de monitoramento de arboviroses da Secretaria Estadual da Saúde (SES). Até o momento, a capital paulista registrou duas mortes pela doença e outras 28 estão em investigação.

O número de bairros que vivem uma epidemia na capital também cresceu. Até o dia 21 de fevereiro, seis distritos superavam a taxa de 300 casos por 100 mil habitantes, índice utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para indicar uma epidemia. No dia 28 de fevereiro, no entanto, a incidência considerada epidêmica já era registrada em 15 distritos da cidade.

 

Sintomas da dengue

Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:

  • Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
  • Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
  • Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
  • Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
  • Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
  • Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.

Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas Getty Images

A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente a morte.


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