Em parceria com alunos de graduação da Faculdade de Medicina de Botucatu e da Faculdade Marechal Rondon, de São Manuel, foram distribuídos fôlderes com informações relacionadas a transplantes e doação de órgãos e tecidos
Nos dias 26 e 27 de setembro, o Núcleo de Procura de Órgãos e Tecidos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), composto pela Organização de Procura de Órgãos (OPO) e pelo Banco de Olhos de Botucatu (BOB), realizou uma importante conscientização sobre a doação de órgãos e tecidos, iniciativa alusiva ao Dia Nacional do Doador de Órgãos, celebrado em 27 de setembro.
Em parceria com alunos de graduação da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB|Unesp) e da Faculdade Marechal Rondon, de São Manuel, foram distribuídos fôlderes com informações relacionadas a transplantes e doação de órgãos e tecidos.
Marina Carvalho A. Cleto, Enfermeira Coordenadora da OPO do HCFMB, explica que a ação surgiu da necessidade de informar à população sobre as questões que envolvem o tema. “Fizemos um treinamento (aula) com os futuros profissionais da saúde para orientá-los sobre o processo de doação de órgãos e tecidos, como poderiam abordar e informar as pessoas sobre a temática”, disse.
Nos dois dias de trabalho, os profissionais de saúde entregaram materiais no Boulevard do HCFMB, prédio dos ambulatórios e no Hospital Estadual Botucatu (HEBo). “Conseguimos alcançar funcionários do Hospital (terceirizados), pacientes e seus acompanhantes de toda a região de Botucatu”, finaliza Marina.
Doação de órgãos
A doação de órgãos ou de tecidos é um ato pelo qual o indivíduo manifesta a vontade de doar uma ou mais partes do corpo para ajudar no tratamento de outras pessoas. A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical). A doação de órgãos como o rim, parte do fígado e da medula óssea pode ser feita em vida.
Para a doação de órgãos de pessoas falecidas, somente após a confirmação do diagnóstico de morte encefálica é que o procedimento pode ser realizado. O mais comum é que aconteça com pessoas que sofrem algum tipo de acidente que provoca traumatismo craniano, ou que são vítimas de um acidente vascular cerebral (derrame) e evoluíram para morte encefálica.
Doação após a morte
Para quem quiser se tornar um doador, a atitude mais importante é informar esse desejo a seus familiares. Após o falecimento, a família do paciente é responsável por decidir sobre a doação.
Como fazer a doação no momento da morte de um familiar
Um dos membros da família pode manifestar o desejo de doar os órgãos e tecidos ao médico que atendeu o paciente ou à Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos do hospital em que o paciente está internado. Também há a possibilidade de entrar em contato com a Central de Transplantes, que tomará as providências necessárias.
Como é a cirurgia para retirada dos órgãos
A cirurgia para retirada dos órgãos funciona da mesma maneira que uma cirurgia comum, e exige todos os cuidados de reconstituição do corpo, mesmo que o paciente já tenha falecido. Esse direito é garantido pela Lei n° 9.434/1997. Com isso, após a retirada dos órgãos, o doador poderá ser velado e sepultado normalmente.
Fases do Processo de Doação de Órgãos
Se existe um doador em potencial, com confirmação de morte encefálica e autorização da família para a doação, a função dos órgãos deve ser mantida artificialmente.
Seguem-se, então, as seguintes ações:
Morte Encefálica
É a interrupção irreversível das atividades cerebrais, frequentemente causada por traumatismo craniano, tumor ou derrame. Como o cérebro comanda todas as atividades do corpo, quando ele morre, significa a morte do indivíduo.
Doação em vida
É possível também a doação entre vivos, no caso de órgãos duplos (ex: rim). No caso do fígado e do pulmão, também é possível o transplante entre vivos, sendo que apenas uma parte do órgão do doador poderá ser transplantada no receptor.
O "doador vivo" é considerado uma pessoa em boas condições de saúde – de acordo com avaliação médica – capaz juridicamente e que concorda com a doação. Por lei, pais, irmãos, filhos, avós, tios e primos podem ser doadores. Não parentes podem ser doadores somente com autorização judicial.
Os órgãos e tecidos que podem ser obtidos de um doador vivo são:
Por - Vinícius dos Santos