Serviço de Cuidados Paliativos do HCFMB mostra um olhar de compaixão com o paciente
11/10/2023
Serviço de Cuidados Paliativos do HCFMB mostra um olhar de compaixão com o paciente

                                                                 Equipe do Serviço de Cuidados Paliativos do HCFMB

Equipe de enfermagem oferece a retaguarda assistencial com enfermeiros e técnicos que atuam na linha de frente com os pacientes em parceria com a equipe de serviço social, psicologia e nutrição

 

Todo segundo sábado do mês de outubro celebra-se o Dia Mundial do Cuidado Paliativo. Este ano, o tema da campanha é: “Comunidades Compassivas: Juntos pelos Cuidados Paliativos”. O objetivo é exercitar a compaixão, definida como um forte sentimento de empatia pelas pessoas que estão sofrendo e um desejo de ajudá-las.

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) possui um Serviço de Cuidados Paliativos com atuação no complexo hospitalar, que envolve atendimento ambulatorial e intra-hospitalar.

“Na medicina paliativa reconhecemos e validamos a importância do cuidado voltado para a pessoa humana, além da doença física. É preciso cuidar das necessidades físicas, emocionais, sociais e espirituais do paciente”, explica Dr. Luis Gustavo Langoni Mariotti, médico geriatra e assistente do Serviço de Cuidados Paliativos do HCFMB, com atuação em medicina paliativa.

 

Cuidado Paliativo no HCFMB

Atualmente a equipe do Serviço de Cuidados Paliativos é formada por outros cinco médicos: Drª. Thays Antunes, Chefe do Serviço, Drª Janaina Lopes, Drª Maiara Tramonte, Drª. Laura Cardia e Drª Mariana Pinheiro, que realizam assistência médica por meio de especialização (fellow).

Além disso, a equipe de enfermagem oferece a retaguarda assistencial com enfermeiros e técnicos que atuam na linha de frente com os pacientes em parceria com a equipe de serviço social, psicologia e nutrição.

No Hospital Estadual Botucatu (HEBo), os profissionais de saúde da área atendem entre seis e oito pacientes na Enfermaria. Também são realizados atendimentos no HCFMB aos pacientes internados em UTI e outras Enfermarias.

De acordo com Dr. Luis Gustavo, o cuidado paliativo deve estar presente em todos os níveis de atenção à saúde (primária, secundária, terciária, domiciliar, intra-hospitalar e ambulatorial), atendendo crianças, adolescentes, adultos e idosos.

 

Números

Os cuidados paliativos são uma grande necessidade não atendida em todo o mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), no Atlas Global de Cuidados Paliativos, mostrou que apenas 2% dos quase 60 milhões de adultos e crianças que precisam de serviços de cuidados paliativos os recebem. Cerca de 20 milhões de pessoas morrem todos os anos com dor e sofrimento devido à falta de acesso a cuidados paliativos e alívio da dor.

O cuidado paliativo é uma abordagem de cuidado interdisciplinar que otimiza a qualidade de vida e reduz o sofrimento relacionado à saúde de pessoas com doenças muito graves e de seus cuidadores.

Dr. Luis Gustavo explica que uma das finalidades da área é “agir na prevenção e alívio do sofrimento em decorrência do processo de adoecimento”.

 

Interface com outras especialidades

Por se tratar de uma especialidade que oferece um conjunto de cuidados ativos e holísticos direcionados a pessoas que vivem em condições ameaçadoras da vida e seus familiares, o Cuidado Paliativo do HCFMB mantém interface com diferentes áreas, tais como: Oncologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Otorrinolaringologia, Nefrologia, Cardiologia, Pneumologia, Neurocirurgia, Neurologia, etc.

Pacientes que vivem com câncer, insuficiência cardíaca, enfisema pulmonar, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), demência ou uma pessoa com idade avançada com severas limitações costumam ser o perfil de paciente atendido pela equipe multiprofissional do Serviço do HCFMB.

“Cuidado Paliativo envolve o conhecimento técnico, humanístico e aprofundado de quem é a pessoa, isto é, sempre estamos atentos a biografia do paciente (o que ele faz, o que ele gosta, quais suas crenças, seus hobbies, a forma dele lidar com a doença)”, finaliza Dr. Luis Gustavo.

Por – Vinicius dos Santos


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