Foragido é preso cinco meses após rebelião em penitenciária da região coordenada por facção criminosa
26/08/2020
Foragido é preso cinco meses após rebelião em penitenciária da região coordenada por facção criminosa

Foto - Divulgação

Rebelião aconteceu em março, quando 594 presos fugiram da penitenciária como protesto da suspensão da saída temporária de detentos, devido ao crescimento de casos de coronavírus

 

Um detento foi preso cinco meses após fugir durante a rebelião no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Porto Feliz. A detenção foi feita pela Guarda Civil Municipal (GCM) durante patrulhamento na noite desta terça-feira (25) em Salto de Pirapora.

Segundo a GCM, o homem foi encontrado próximo ao posto de saúde do Bairro Jardim Paulistano. Os guardas estranham a atitude dele, que saiu correndo ao ver a viatura na Rua Luiz Carlos de Abreu. O homem foi alcançado e, após pesquisa criminal, foi constatado que ele possuía diversas passagens por furto, roubo e tráfico de drogas. O registro também apontou que ele era foragido do CPP de Porto Feliz, numa rebelião coordenada por uma facção criminosa.

 

Rebelião

Esta rebelião no CPP de Porto Feliz aconteceu em março, quando 594 presos fugiram da penitenciária, segundo dados informados na época pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). A fuga seria uma reação à decisão da Corregedoria Geral da Justiça (CGJ) de suspender a saída temporária de detentos, devido ao crescimento de casos de coronavírus no País. Rebelião foi coordenada por uma facção criminosa que age nos presídios de São Paulo.

A unidade abriga apenas presos em regime semiaberto, aquele que tem a possibilidade de sair para trabalhar ou estudar durante o dia e retornar, e que por lei tem direito a cinco saídas temporárias por ano.

 

Outras rebeliões

Além desse caso em Porto Feliz, a facção criminosa coordenou no mesmo dia outras rebeliões em presídios do estado de São Paulo com a fuga de mais de 1.300 presos. Os motins também foram uma reação à decisão da Corregedoria Geral da Justiça (CGJ) de suspender a saída temporária de detentos em razão do avanço da epidemia do novo coronavírus.

Fugas ocorreram no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) Dr. Rubens Aleixo Sendin, em Mongaguá, no litoral de São Paulo, Taubaté, Sumaré e na ala do semiaberto da penitenciária de Mirandópolis, Oswaldo Cruz, Hortolândia,  nos Centro de Detenção Provisória de São José dos Campos, Franco da Rocha, São Vicente, Campinas, Valparaíso e Osasco.

Na ocasião a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) confirmou as fugas, sem especificar o número de fugitivos, e destacou que as unidades de regime semiaberto, por determinação da legislação brasileira, não possuem vigilância armada. Embora muito criminosos tenham sidos recapturados, outros ainda permanecem foragidos.


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