Técnica de Segurança relata recuperação após sofrer Acidente Vascular Cerebral isquêmico agudo
31/10/2021
Técnica de Segurança relata recuperação após sofrer Acidente Vascular Cerebral isquêmico agudo

Durante sua internação e o período de recuperação em casa, ela conta que o apoio de sua companheira, da família, dos amigos e dos colegas de trabalho foi muito importante, de forma presencial ou remota

 

7 de junho de 2021. Era para ser mais um dia normal na vida da nossa Personagem HC desta semana. Mas, quando a Técnica de Segurança do Trabalho do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), Elaine Cristina Faggian, acordou e foi preparar o seu café da manhã para mais um dia de trabalho, a sensação incomum de um choque elétrico pelo corpo e a progressiva perda dos movimentos acendeu um preocupante sinal de alerta.

Servidora do Núcleo Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) há mais de 7 anos, Elaine pediu ajuda à sua companheira no momento em que sentiu algo estranho acontecendo em seu corpo, pois entendia que algo estava errado. “A minha sorte foi que ela se formou na área da Saúde e, mesmo sem exercer a profissão, colocou em prática o seu conhecimento de primeiros socorros e logo identificou que eu estava sofrendo um Acidente Vascular Cerebral (AVC)”.

Com todas as primeiras medidas necessárias tomadas, que antecedem o atendimento médico, o socorro foi acionado imediatamente e Elaine, encaminhada pelo SAMU à Unidade de AVC do HCFMB. “O atendimento foi muito rápido e a equipe que me socorreu no Hospital foi de excelência, o que já sabia por conviver com eles no dia-a-dia do trabalho, mas que pude comprovar na minha vivência como paciente. Minha recuperação deve-se a esta rapidez e ao tratamento adequado”.

Aos 41 anos de idade, Elaine ainda elencou alguns fatores que contribuíram para que um AVC isquêmico agudo acontecesse. “Na semana em que tive o AVC, eu me sentia sobrecarregada diante das atividades do trabalho e também da faculdade, o que disparou a minha auto-cobrança e, por conseqüência, o estresse. Outros agravantes eram o fato de, até esta data, eu ser fumante, não praticar nenhum exercício físico em decorrência da falta de tempo e ainda, na parte genética, meu pai ter falecido após sofrer um AVC hemorrágico aos 44 anos”.

Durante os 10 dias de internação e o período de recuperação em casa, Elaine conta que o apoio de sua companheira, da família, dos amigos e dos colegas de trabalho foi muito importante, de forma presencial ou remota. Por conta da pandemia, somente a mãe e a companheira estiveram mais próximas à servidora durante sua estadia no Hospital. “A tecnologia ajudou muito neste processo e as mensagens de conforto e chamadas de vídeo fizeram a diferença. Pude também contar com o apoio e a sensibilidade da minha chefia e do Departamento de Gestão de Pessoas para voltar ao trabalho com a tranqüilidade necessária”.

Em relação a sequelas, Elaine conta que, a princípio, de acordo com o diagnóstico médico, poderia ter uma pequena perda na visão periférica esquerda, o que se transformou em apenas um aumento no grau de seus óculos. “Como meu AVC era recente, os especialistas disseram que somente o tempo poderia dizer se teriam outras sequelas, mas, graças a Deus, até o momento, nenhuma outra anormalidade foi constatada e minha visão está 100% recuperada”.

Após o susto, a vida continuou para Elaine, mas com uma nova visão do mundo. “Nós nos preocupamos demais com as atividades diárias e acabamos esquecendo de se cuidar. É um processo que ainda estou aprendendo, mas algo que ficou claro para mim é a necessidade de respeitar nosso limite físico e mental, pois as coisas podem esperar e/ou serem substituídas; mas a vida, não. Primeiramente, agradeço a Deus por esta nova oportunidade de viver, à minha companheira em especial, que foi ágil na tomada de decisões necessárias, à minha família pelo amor despendido, a toda equipe do SESMT pelo apoio e a toda a equipe médica e multiprofissional do Pronto-Socorro Referenciado do HC pela atenção”, encerrou.

Por - Maíra Masiero


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