Médico neurologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu explana sobre AVC
29/10/2021
Médico neurologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu explana sobre AVC

Principais fatores de risco associados ao AVC são a hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia (desequilíbrio no colesterol e triglicéride), alcoolismo e tabagismo, sendo mais comum em homens e há uma maior incidência com o avanço da idade

 

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda principal causa de morte no Brasil, perdendo apenas para o infarto do miocárdio. “É uma lesão vascular cerebral em que há uma alteração do aporte normal de sangue para o cérebro, levando a morte dos neurônios ou ocasionando sequelas”, explica Dr. Gabriel Modolo, médico neurologista da Unidade de AVC do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB).

Há dois tipos mais conhecidos de AVC, que são o isquêmico (responsável por 80% dos casos) e o hemorrágico (20% dos casos). O primeiro constitui na formação de um coágulo que obstrui os vasos sanguíneos cerebrais, gerando uma redução do fluxo de sangue no cérebro. O segundo, por sua vez, é um sangramento que ocorre em uma área do cérebro, tendo como causa principal a hipertensão arterial e a angiopatia amilóide.

 “Nos casos de AVC isquêmico, se conseguirmos, nas primeiras quatro horas e meia após a ocorrência do incidente, desobstruir a artéria conseguimos impedir ou diminuir o grau de acometimento cerebral”, lembra Dr. Gabriel.

O neurologista lembra que os principais fatores de risco associados ao AVC são a hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia (desequilíbrio no colesterol e triglicéride), alcoolismo e tabagismo. O especialista lembra que o acidente vascular cerebral é mais comum em homens e há uma maior incidência com o avanço da idade.

“Estimamos que, se cuidássemos bem destes fatores modificáveis (pressão arterial, diabetes, alimentação e atividade física), reduziríamos em 90% de todos os casos de AVC”, frisa Dr. Gabriel.

A detecção precoce dos sintomas (fraqueza em um lado do corpo, fortes dores de cabeça e dificuldade para falar e enxergar, por exemplo) e o atendimento rápido são fundamentais para diminuir as consequências do AVC.

 

Unidade de AVC do HCFMB

Atualmente, são dez leitos monitorados por uma equipe multidisciplinar composta por profissionais da fisioterapia, fonoaudiologia, enfermagem, nutrição, terapia ocupacional, farmácia e psicologia. A unidade também recebe o apoio dos Serviços de Cirurgia Vascular, Cardiologia, Radiologia, Serviço Social e Neurocirurgia do HCFMB.

Trata-se de uma Unidade com financiamento governamental por meio da Linha de Cuidados em AVC, um componente da Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE), e objetiva atender em média 30 pacientes/mês sendo referência direta para 13 municípios da região.

Parceria com o SAMU – O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Botucatu é um dos grandes aliados da Unidade de AVC do HCFMB e responsável por aumentar significativamente as chances de os pacientes terem uma recuperação adequada.

Por - Vinícius dos Santos


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