Vítima relatou o fato nas redes sociais e descobriu que outras mulheres também teriam sido assediadas sexualmente pelo mesmo homem e uma delas o reconheceu na delegacia

Entre as ocorrências registradas pela Polícia Militar nesta final de semana, a que mais chamou a atenção foi a prisão de um motorista de aplicativo acusado de crime de assédio sexual cometido contra mulheres que solicitaram seus serviços de locomoção.

Segundo o boletim de ocorrência (BO) durante uma corrida o suspeito contrariou a manifestação de uma passageira e pegou uma rota oposta à casa da mulher, diferente da que indicava o Sistema de Posicionamento Global (GPS). Esse dispositivo consiste numa tecnologia de localização por satélite, com a principal função de encontrar o caminho para um determinado local, saber a velocidade e a direção do seu deslocamento.

A mulher, quando solicitou o automóvel, estava com seu filho de 7 anos na casa de um parente na Vila Assunção e pediu que o condutor a levasse até a Rua Francisco Ribeiro do Amaral, no Jardim Palos Verdes, onde mora. Entretanto, durante o trajeto o motorista ignorou o GPS e tomou um destino diferente ao solicitado, ocasionando protesto.

Em BO a mulher relata que o suspeito entrou com ela e a criança no Bairro Flora Rica e parou o carro em uma rua deserta próximo ao local em que ocorrem as provas práticas para tirar carteira de habilitação e passou a assediá-la.

Foi então, que ela iniciou uma discussão com o motorista e simulou conversar com o marido, via celular, relatando o que estava acontecendo. Após isso, o acusado se dirigiu para a casa da vítima e deixou ela e o filho no local.

Relando o fato pelas redes sociais ela descobriu que outras mulheres também teriam sido assediadas sexualmente pelo mesmo homem, quando solicitaram uma corrida e estiveram na delegacia fazendo denúncia. Com as características do carro e do acusado os policiais militares conseguiram encontrá-lo e lhe dar voz de prisão. Uma das mulheres denunciantes reconheceu o homem.

O motorista foi preso em flagrante e conduzido à cadeia transitória de Itatinga para que seja realizada a audiência de custódia. Ele nega ter cometido assédio. O modelo do carro e o nome do motorista acusado, assim como sua descrição física não foram revelados.